Assim como a pauta étnico-racial, a vice-presidência de História e Responsabilidade Social terá um grupo de trabalho focado em dar voz às mulheres vascaínas, jogadoras e torcedoras, desenvolvendo trabalhos voltados à equidade de gênero.
A liderança do grupo ficará a cargo de Luciana Gouveia, engenheira e membra do grupo Confraria Vasco, que falou com o Papo na Colina sobre o trabalho que será implementado no clube:
– Dando voz às mulheres Vascaínas, desde a campanha, temos procurado saber interna e externamente quais as dificuldades das mulheres em participarem do clube, em todo ele – disse Luciana.
No planejamento da nova gestão, uma das prioridades é a valorização do futebol feminino, dando mais visibilidade e melhorando a estrutura de preparação das atletas. Luciana conta qual o primeiro ponto de foco no trabalho com as Meninas da Colina:
– A visibilidade de nossas jogadoras, já começamos transmitindo jogo na VascoTV, queremos que o CT de Caxias seja de uso das nossas atletas e claro, queremos elas jogando em São Januário. Estamos em busca de uma narradora para os jogos.
Para além do futebol, ela também lista como prioridade a presença de mais mulheres na política do clube:
– Nos preocupamos com iniciativas para motivar as mulheres a entrarem na polícia do Vasco também, como a proposta de desconto nas mensalidades, não queremos apenas uma camisa rosa, queremos que as mulheres se sintam bem representadas por outras mulheres.
Já no início da gestão, o grupo já listou as primeiras ações a serem tomadas tanto para jogadoras quanto torcedoras, são elas:
- Criação do grupo voluntário para divulgar o trabalho feminino do Clube e recepcionar denúncias de assédio. Capacitando voluntárias para o trabalho e entrando em contato com grupos de torcedoras já existentes para fomentar uma união de forças.
- Reestruturar o CT de Caxias para uso das atletas femininas: uma promessa de campanha da Mais Vasco;
- Cobranças ao poder público visando garantir a segurança no entorno dos Estádios nos dias de jogos.
Por fim, com o retorno das torcidas aos estádios, Luciana destaca o trabalho que será feito para evitar situações de assédio às torcedoras no entorno e dentro dos estádios:
– Além da proposta de mais policiamento feminino e uma entrada especial para a mulher, estamos no processo de contratação de um aplicativo para denúncias. Teremos uma equipe de voluntárias em todos os jogos desenvolvendo trabalhos voltados à equidade de gênero. Existe um grupo de Vascaínas contra o assédio, uma iniciativa de torcedoras, teremos isso de dentro do clube e voltaremos a conversar com essas mulheres que tanto já fizeram para “jogar junto”.
A proposta do aplicativo de denúncias também será usada para prevenir e combater discriminação e violência para o público LGBTQIA+.