Sete gols sofridos em apenas quatro rodadas. Esse é o retrato da defesa do Vasco no início do Campeonato Brasileiro, que, até o momento, é a mais vazada da competição. O dado, por si só, já preocupa. Mas o que mais chama atenção é a recorrência de um problema antigo: os erros individuais.
A derrota por 2 a 0 para o Ceará, nesta terça-feira (15), na Arena Castelão, escancarou novamente a fragilidade vascaína. No primeiro gol, João Victor recuou mal para Léo Jardim, entregando a bola nos pés de Mugni, que deu assistência para Pedro Raul abrir o placar. No segundo tempo, o zagueiro voltou a falhar ao deixar o camisa 9 livre para marcar o segundo do Vozão — ambos os gols saíram em cruzamentos, outra dor de cabeça para Fábio Carille.
E essa não foi a primeira vez. Na estreia contra o Santos, em São Januário, o Vasco também começou atrás no placar após erro de Paulinho, que entregou a bola nos pés do adversário e não acompanhou Barreal no lance do gol. A equipe conseguiu virar e vencer, mas a falha ficou registrada.
João Victor, do Vasco, contra o Ceará — Foto: Baggio Rodrigues/AGIF
Na rodada seguinte, contra o Corinthians, a história se repetiu — em dose dupla. Jair errou um passe no meio-campo e João Victor escorregou na sequência do lance que resultou no segundo gol corintiano. O terceiro saiu após uma trapalhada entre Léo Jardim e o próprio João Victor.
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Mesmo na vitória sobre o Sport por 3 a 1, em casa, houve problema. O gol do adversário saiu após Hugo Moura marcar contra em uma jogada desorganizada da defesa vascaína.
Confira os erros individuais que resultaram em gols sofridos pelo Vasco até aqui:
- Santos (1ª rodada): erro de Paulinho
- Corinthians (2ª rodada): erro de Jair + escorregão de João Victor / trapalhada de Léo Jardim e João Victor
- Sport (3ª rodada): gol contra de Hugo Moura
- Ceará (4ª rodada): erro de passe de João Victor / marcação frouxa no segundo gol
Além das falhas individuais, o jogo aéreo também preocupa. Cinco dos sete gols sofridos pelo Vasco vieram de bolas alçadas na área, seja em lançamentos, cruzamentos ou bolas paradas — os dois últimos contra o Ceará, inclusive.
Fábio Carille tem até sábado para tentar ajustar a defesa antes do clássico contra o Flamengo, às 18h30, no Maracanã. Em seguida, o time encara o Lanús, pela Sul-Americana, e o Cruzeiro, pelo Brasileirão — uma sequência que promete testar o psicológico e a organização do elenco.
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