Pablo Vegetti talvez seja a maior referência dos torcedores do Vasco no atual elenco. Após chegar apenas na metade do ano passado na equipe, o centroavante foi crucial para a permanência na primeira divisão em 2023 e continua sendo extremamente importante para o clube em 2024, se tornando o artilheiro da equipe e um dos maiores goleadores de todo o Brasil.
O ponto forte do jogo de Pablo Vegetti, sem dúvida nenhuma, é o cabeceio. Seu entendimento com os laterais do Vasco vem se aflorando cada dia mais e o centroavante acumula gols importantes de cabeça desde que chegou ao Gigante da Colina. Em entrevista ao ge, Vegetti explicou como seu cabeceio pode ser tão certeiro:
— Ah, eu quero que todas as bolas cheguem na área. Eu fico muito puto quando a bola não chega. Mas eu entendo também que a gente não pode ficar o tempo todo colocando bola na área. Mas acho que é uma característica, é algo como uma virtude que eu tenho. Não sei como explicar. É o meu trabalho, é algo que está no meu jogo. Mas os zagueiros também começam a conhecer o movimento, então eu tenho que tentar fazer algum outro movimento para me desmarcar. Mas é uma característica muito boa que eu tenho e tento resolver dentro da área. Eu digo que sei que eu faço um esforço enorme, tenho muito desgaste físico no jogo ajudando o time.
— Eu digo que gostaria de ficar o tempo todo dentro da área, que é o meu lugar de conforto. Mas a gente, para ajudar o time, tem que sair da zona de conforto e fazer outro tipo de trabalho. Mas é uma virtude que eu tenho, que eu tento aproveitar. É uma condição de intuição, de goleador. E se eu explico, perde a magia (risos).
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Você até deu bronca, brincando com o Leandrinho, que não cruzou bola para você e chutou…
— (risos). Claro, o Leandrinho é um jogador que tem muito futuro. Mas, se ele não cruzar, vai embora (risos). Eu quero que todas as bolas cheguem na área. Não só cruzamentos, mas fazendo uma tabela. Acho que o time está crescendo muito. Mas temos um recurso muito bom que são os cruzamentos. A gente fala “gol de play station”, ir para fora e cruzar. Se você vê muito futebol europeu, a maioria dos gols é assim, cruzando. Depois tem muitas outras alternativas. Mas eu quero que todas as bolas cheguem na área, fico muito puto quando não chega, mas faz parte. Mas estamos fazendo um trabalho muito bom e acho que vai dar certo, se a gente seguir por esse caminho, trabalhando. E se a gente seguir nesse caminho a nível de clube, com essa estrutura, com o apoio que estamos tendo com o Pedrinho e seu estafe, a movimentação que estão fazendo na janela, acho que as coisas que virão vão ser muito boas para o Vasco.
Do Vasco para a Seleção Argentina?
Você tinha sonhos quando era menino. Tinha um ídolo, talvez sonhasse com a seleção argentina. Quais são os seus sonhos hoje?
— Eu falo que nasci na geração errada. A de 1988 tem os melhores atacantes da Argentina (risos). Mas pensar em jogar pela seleção sempre esteve muito longe para mim. Meu ídolo era o Batistuta. Eu o acompanhava muito, gostava muito. Via os jogos da Fiorentina, da Roma. Mas depois, maior, a gente vai vendo atacantes diferentes, tenta fazer sua versão pessoal. Não é bom copiar ou imitar, mas eu olho muito para tentar imitar diferentes coisas, tirar coisas boas de diferentes jogadores e tentar imitá-las. Se eu voltar no tempo e lembrar o que queria fazer, quando era menino sempre quis ser jogador profissional. Acho que eu não visualizava o momento que estou vivendo hoje, a carreira que eu fiz, acho que tudo foi acontecendo. Mas o tempo todo eu agradeço pelo que o futebol me deu, que a vida me deu. Mas sou um cara que nunca se conforma, que sempre quer ir por mais. Acho que é isso que faz com que eu cresça, que eu queira mais todo o tempo, que queira ganhar sempre. Se você me pergunta hoje, acho que (o futebol) me deu mais do que eu sonhava naquele momento.
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