Ontem fiquei pensando no título dessa coluna. Comecei a pensar no passado do meu clube de coração, na história do futebol, nas maiores conquistas, nas maiores derrotas. Para esse humilde professor de história (pronto para pegar o diploma em dezembro), voltar ao passado é quase que uma coisa feita, digamos, “por instinto”. Fui além, pensei na história do futebol, nas copas do mundo, em Roberto Dinamite, mas eis que, quando estava refletindo sobre o passado, o presente me chama de volta com a seguinte notícia:
“Presidente do Vasco aciona poderes do clube para transformar futebol em sociedade anônima”
É evidente que em questão de minutos já havia em várias redes-sociais uma série de vascaínos comentando sobre o assunto, com críticas, elogios, perguntas e respostas, alguns esperançosos e outros pessimistas. Honestamente, seria injusto eu dizer aqui que eu sou contra ou a favor do projeto, acho que uma coisa que é unânime no nosso clube (algo difícil nos dias de hoje) é que de fato precisamos muito de uma reformulação no futebol e de uma super modernização para colocar o clube onde ele deve estar sempre, mas eu não posso chegar aqui e dizer que eu acho a SAF (Sociedade Anônima Futebolística) a melhor ou a pior solução, vai depender de quais condições o projeto impõe, e quem investirá no futebol? , é alguém do futebol? , é alguém que conhece o clube? , como será a reforma do estatuto? , como será implementado? , são muitas perguntas e poucas respostas nesse momento, aliás, tudo que tem acontecido no nosso clube, de uns tempos para cá, é, digamos, “surpreendente”.
Voltei de novo para o passado, e olhando o nosso presente, me lembrei da expressão do radialista Benjamin Wright, pai do ex-árbitro José Roberto Wright (vejam só):
“O futebol é uma caixinha de surpresas”
O futebol, além do esporte, sempre teve carregado de expressões criadas por jogadores, jornalistas, dirigentes e todos que atuam no meio, mas eu não me lembro de um professor ter criado alguma expressão (talvez exista, mas não há o registro), então decidi me arriscar, e criar uma expressão que é título dessa coluna:
“O Vasco é um clube de muitas dúvidas e poucas certezas”
Isso não é uma crítica e nem um elogio, é apenas uma constatação, o que ronda o universo vascaíno é a dúvida e não a certeza. Já houve momentos na nossa história que tivemos bastante dúvida e nos geraram muitos frutos, como o super patrocínio do National Banks e da nossa “Resposta Histórica”, e outros nem tanto, como a contratação de algum jogador que não rendeu o que se esperava.
Eu, particularmente, prefiro esperar o tempo para avaliar esse passo dado ontem, mas foi dado um passo, se ele será bom ou ruim, o tempo vai dizer, por enquanto vou fazer aquilo que a torcida sempre canta no estádio.
“Vou torcer para o Vasco ser campeão”
Por: Lucas Dumans